segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sinto-me saturada, como uma solução química, com muitos componentes, precisando de um escape,
Uma explosão ou um escoamento, escoar, transbordar...
Como a xícara lotada até a boca de líquido quente e espumante...
Como um balão repleto de ar que precisa estourar ou furar...
Como a gestante perante o parto...
Como o rio  na cheia,
Como a comporta no aguaceiro...
Preciso urgentemente dar vazão.
Antigamente quando me sentia assim, coreografava ou escrevia um roteiro,
Uma música e então me esvaziava...
Recomeçava um novo ciclo, uma vida renovada.
Deve ser como reencarnar...
Mas hoje tenho marcas, partes do meu ser de carne, extirpadas, mágoas maculando o perispírito.
Tenho ainda que depurar, regenerar, eu sei,




Mas pergunto, por onde consigo escapar?...


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