sexta-feira, 25 de maio de 2012

O meu amor...


Sonho acordada, com um amor de verdade. Desses que se tira de Romance, mas no dia a dia é real. É feito de detalhes, de retalhos,de carinhos...
Também de companheirismo e lealdade.
O meu amor é puro e louco.
É emoção, rotina, vida a dois.
É feito de caminhar junto,
De erotismo pouco,
Mas de se fundir muito.
Esse meu amor é de silêncio respeitoso pela dor do outro.
É todo cuidados,
Poema rouco,
Sorrisos safados...
E é com esse amor que quero chegar ao fim.
De mãos dadas em frente a fogueira.
De pés descalços nas folhas secas.
De cheiro de mato, de riacho, estradeira.
Depois do vinho quente, beijos ainda apaixonados e os corpos cansados, pesando na rede macia...
E que o fim seja sutil, apenas mudança de corpos...
Que os risos alegres, na beira do rio, transcendam e voltem, unidos nas outras vidas, para serem vividas sempre a dois...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sinto-me saturada, como uma solução química, com muitos componentes, precisando de um escape,
Uma explosão ou um escoamento, escoar, transbordar...
Como a xícara lotada até a boca de líquido quente e espumante...
Como um balão repleto de ar que precisa estourar ou furar...
Como a gestante perante o parto...
Como o rio  na cheia,
Como a comporta no aguaceiro...
Preciso urgentemente dar vazão.
Antigamente quando me sentia assim, coreografava ou escrevia um roteiro,
Uma música e então me esvaziava...
Recomeçava um novo ciclo, uma vida renovada.
Deve ser como reencarnar...
Mas hoje tenho marcas, partes do meu ser de carne, extirpadas, mágoas maculando o perispírito.
Tenho ainda que depurar, regenerar, eu sei,




Mas pergunto, por onde consigo escapar?...